Casca de eucalipto pode ser usada na produção de etanol

Considerando a indústria de papel e celulose já consolidada no país, a notícia divulgada ontem pela agência de notícias da USP abre oportunidade para o emprego de uma nova matéria-prima, abundante e de potencial até então ignorado, na fabricação de etanol: as cascas de eucalipto descartadas no processo de fabricação de papel e celulose.

A conclusão de uma tese de doutorado desenvolvida na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo em Piracicaba, apoiada por indústrias do setor, comprovou que uma tonelada de resíduo gera 200 quilos de açúcares, que por sua vez permitem produzir 100 litros de etanol. Se for aproveitado o açúcar presente na estrutura das cascas, esse volume pode dobrar.

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Embrapa estuda potencial do sorgo biomassa como fonte de energia

A estimativa é 150 mil hectares sejam plantados com a cultura.
Os grãos do sorgo biomassa podem ser utilizados em ração animal.

240px-Sorghum_bicolor03A Embrapa em Sinop está estudando o potencial do sorgo biomassa como fonte de energia. Os experimentos ainda vão prosseguir, mas a expectativa é que a cultura se desenvolva bem nas condições de solo e clima do estado. O sorgo é uma das opções bastante usadas na safrinha no estado. A estimativa é que este ano 150 mil hectares sejam plantados com a cultura. Além do aproveitamento da planta para geração de energia, os grãos do sorgo biomassa podem ser utilizados em ração animal.

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Muito espaço para biomassa

biomassa-8A biomassa é hoje uma das grandes alternativas para produção de energia limpa e renovável. Somente o bagaço de cana-de-açúcar tem um potencial de geração de eletricidade superior a 1,5 milhões de quilowatts/ano. Os números mostram maior potencial se levarmos em conta que das 440 usinas de cana-de-açúcar em atividade no Brasil, apenas 100 usinas produzem eletricidade para o sistema elétrico nacional. Segundo o Instituto Acende Brasil, os canaviais existentes no Brasil poderiam gerar cerca de 14 milhões de quilowatts/ano.

Além da cana-de-açúcar, os resíduos sólidos também têm grande potencial, por meio de energia retirada do biogás. A previsão é que as tecnologias de gaseificação de biomassa tornem-se competitivas nos próximos anos segundo o Plano Nacional de Energia 2030, elaborado pelo Conselho Nacional de Política Energética. O plano prevê a entrada em operação de sistemas de gaseificação de biomassa no setor sucroalcooleiro que gerarão 5% da energia do país. Já a previsão para 2030 é que essa participação cresça para 13%.

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Energia gerada do lixo depende de incentivo público

energia-no-lixoO Brasil deve aumentar a capacidade instalada de produção de energia a partir de resíduos sólidos para 282 megawatts (MW) até 2039, mas essa utilização de eletricidade depende de incentivo do governo para se tornar competitiva mesmo ante outras fontes de energia limpa, como a eólica e a solar, disse hoje (28) o diretor executivo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho, ao apresentar o Atlas Brasileiro de Emissões de Gases do Efeito Estufa e Potencial Energético na Destinação de Resíduos Sólidos.

De acordo com a publicação, o país tem atualmente 22 projetos que preveem a geração de energia elétrica em aterros sanitários a partir de resíduos sólidos, mas apenas dois efetivamente comercializam energia, o Bandeirantes e o São João, ambos no estado de São Paulo. A capacidade instalada dos 22 projetos é 254 MW. Lenn pelloc’h

IPT terá fabrica para gaseificação de biomassa

São Paulo – Prover os dados necessários para estabelecer um projeto conceitual de uma planta industrial de gaseificação com capacidade de processar 400 mil toneladas anuais de bagaço e palha de cana-de-açúcar é o objetivo do projeto da planta piloto do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), em Piracicaba. Lenn pelloc’h

Resíduo da cana pode gerar mais energia do que Itaipu

Os resíduos secos do cultivo de cana-de-açúcar no Brasil poderiam gerar mais energia do que a potência instalada da Usina de Itaipu.

De acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos: Diagnóstico dos Resíduos Urbanos, Agrosilvopastoris e a Questão dos Catadores, divulgado hoje (25) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o uso desses resíduos poderiam gerar 16.464 megawatts por ano.  Lenn pelloc’h

NASA propõe 14 medidas para reduzir o aquecimento global

NASA (Agência Espacial Norte-Americana) desenvolveu um estudo que propõe maneiras de reduzir o aquecimento global. O trabalho indica 14 medidas que o planeta deve adotar para amenizar as intensas mudanças climáticas. De acordo com o estudo, uma ação que conseguisse combater a emissão do gás metano e a poluição por fuligem acarretaria na redução do aquecimento global de 2,2ºC para 1,7ºC em 2050. Além disso, poderiam ser evitadas mortes por doenças respiratórias e o cenário aumentaria a produtividade agrícola.

O estudo da NASA foi publicado na revista “Science“. Segundo os cientistas, compensa investir nas medidas propostas, pois os custos poderiam ser maiores em saúde pública e agricultura. Entre as propostas estão incluídas a substituição de fornos a carvão e controle do vazamento de metano em poços de petróleo. Lenn pelloc’h

Solar: estudos para aumentar escala

O Ministério de Minas e Energia está elaborando estudo de viabilidade do potencial brasileiro e das alternativas tecnológicas para a geração em maior escala da energia solar no Brasil. De acordo com o ministro Edison Lobão, a pesquisa também norteará os requisitos para certificação da energia, as estimativas de custos, os encargos setoriais e tributos incidentes, da capacidade de produção, além dos principais fornecedores de equipamentos e elementos essenciais para competitividade e contratação dessa fonte. Lenn pelloc’h

Bioenergia: recursos para estudo na África

DO Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) está com processo de seleção aberto para a elaboraçõ de um estudo de viabilidade de produção de biocombustíveis nos países-membros da União Econômica e Monetária do Oeste Africano (UEMOA). Segundo a chamada pública divulgada pelo BNDES, o estudo compreenderá levantamento completo, em todo o território de Benim, Burkina Faso, Cote d’Ivoire (Costa do Marfim), Mali, Níger e Togo, das condições de clima, de solo, sociais, ambientais, de mercado, de infraestrutura, de marco legal, entre outras que possam impactar a sustentabilidade e viabilidade da produção de bioenergia. O prazo de consulta prévia vai até o dia 8 de setembro.

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A opção ainda é suja

Os Estados Unidos apostam no gás de xisto como substituto do petróleo e do carvão na fase de transição rumo às energias limpas

Enquanto o Brasil discute os rumos do petróleo na camada do pré-sal e lida com a alta do etanol, potências como os Estados Unidos correm contra o tempo para reequilibrar suas balanças energéticas sem deixar de lado as metas de redução de gases poluentes. A bola da vez é o gás de xisto, considerado um combustível até duas vezes mais limpo que o carvão mineral. Não por acaso, a revista “Time” dedicou a capa de sua edição da semana passada ao recurso natural, sob o título “Esta rocha poderia energizar o mundo”.

O maior empecilho para o gás de xisto é o seu custo, bem superior ao da concorrência. Ainda assim, o crescimento do interesse por energias limpas, somado à descoberta de novas reservas do combustível nos EUA, pode turbinar a fonte energética. Trocando em miúdos, ela é a mais forte candidata a opção número 1 na transição entre a suja era do petróleo e um futuro verde, assim como o nosso etanol. Lenn pelloc’h